Se você se sente fora de controle perto da comida, há grandes chances de você estar sofrendo de fome emocional – aquela que chega repentinamente e parece quase… insaciável.
Sendo que eu mesma sofri desse mal por muito tempo, eu trago algumas considerações sobre o porque a sua fome emocional não é de todo mal e o primeiro passo que você precisa dar para superará-la.
FOME EMOCIONAL NEM SEMPRE É RUIM
Primeiramente,
O termo “fome emocional” pode ter tanto conotação positiva quanto negativa.
Por um lado, perceber que usamos os alimentos por razões emocionais, e não por razões físicas, é um passo importante para fazer escolhas mais “saudáveis” em relação à comida, independentemente dos seus objetivos em relação ao seu corpo.
Quando entendemos que somos levadas a comer por gatilhos emocionais, temos a oportunidade de fazer algo sobre isso. Temos a chance de cuidar das raízes das nossas emoções negativas e curar o que realmente está acontecendo.
Nesse sentido, a fome emocional funciona como um alarme de incêndio. Ela indica que algo na sua vida não vai bem, mesmo que você não consiga identificar.
Sendo assim, eu chego a afirmar que o seu descontrole perto da comida é quase um “salva-vidas”, porque ele te ## mostra que existe algo que você está ignorando e precisa cuidar.
Agora.
Dito isto, a nossa obsessão cultural com o controle e a manipulação do peso nos leva a vilanizar o comer emocional, como se comer algo apenas pelo prazer fosse um crime!
A comida está intrinsecamente ligada à nossa história, à nossa cultura e relacionamentos… e não podemos ignorar que existe uma conexão profunda entre o que comemos e quem somos.
Essa vilanização é potencialmente problemática e, provavelmente, a minha maior crítica de como a fome emocional é tratada pelo senso comum.
A SUA FOME EMOCIONAL É FOME DE SATISFAÇÃO
Existe uma diferença gritante entre comer um pedaço de bolo num aniversário – a meu ver, um comer emocional positivo – e comer duas barras de chocolate no meio da tarde por conta de uma ## crise de ansiedade ou tédio.
No último caso, a fome vai além do emocional, ## é fome de satisfação.
Acredite, ter satisfação real na vida é muito mais difícil do que sentar no sofá com um saco gigante de Ruffles.
Quando transformamos a fome emocional num pecado – outro comportamento a ser evitado a todo custo – caímos na mesma ## mentalidade de dieta
mentalidade de dieta
que nos leva à compulsão alimentar e a outros comportamentos disfuncionais com relação aos alimentos. Do tipo, comer emocional é ruim, então se seu comer um pedaço de bolo é melhor comer o bolo inteiro, já que amanhã não vai ter.
A minha missão é te oferecer outra perspectiva: uma maneira de curar a sua relação emocional com a comida, sem envergonhar ou julgar os seus instintos em relação ao que você come.
Superar a fome emocional não é sobre “comer ou não comer” o chocolate ou o bolo. Não é sobre se controlar mais.
Para superar a fome emocional é preciso se conectar mais profundamente ao que ## realmente precisamos atender nossas necessidades emocionais e fazer escolhas alimentares impulsivas visando somente o conforto emocional.
Já diz o sábio ditado…
Fome da alma comida nenhuma acalma.