Emagrecimento Saudável: O Que É “Comer Normal”?

Alimentação | Lívia | modificado em 21/03/2018

“Eu só quero comer normal!”

Este foi o ponto de partida da minha transformação, que garantiu o meu emagrecimento saudável e duradouro.

Depois de anos de luta contra mim mesma e contra a balança, essa frase foi a minha carta de alforria, e hoje eu quero te explicar o porquê.

Eu recebo mensagens todos os dias (principalmente às segundas-feiras) de mulheres que resolveram “recomeçar”.

“Agora vai!”, elas dizem.

Eu também dizia isso.

Aliás, se fôssemos contabilizar, eu devo ter dito isso em pelo menos 50% das segundas-feiras da minha vida, e foram muitas.

Esse assunto é tão pertinente que vale uma reflexão. Pega um cafezinho e vamos pensar juntas…

Se você está recomeçando, o que deu errado?

Como eu não admito nada menos que 100% de sinceridade, eu preciso te dizer: se você exagerou nas medidas contra os quilinhos extras – leia-se cortou alguns alimentos ou nutrientes específicos da sua alimentação, cortou calorias drasticamente ou resolveu treinar o dobro para “secar” -, recomeçar da mesma forma não vai ser muito frutífero – para não dizer inteligente.

Entretanto, era nessa cilada que eu sempre caía.

Não importava o quão péssimo fosse o meu plano, eu me sentia a culpada pelo fracasso.

“Eu não tenho força de vontade e nunca vou emagrecer”, eu repetia para mim mesma.

Quando eu cansei de fracassar – demorou muito, pelo jeito eu era mais forte do que eu achava -, eu sabia que para ter uma resposta diferente, eu tinha que mudar a pergunta.

Se eu havia percebido da maneira mais desagradável que nenhum plano mirabolante funcionava, como então eu poderia alcançar meu resultado?

Foi nesse questionamento que eu percebi que o que precisava mudar não era a minha dieta – sim, ela podia melhorar, mas se ela fosse o ponto principal já teria funcionado naquela altura. Mas o que realmente precisava mudar era a minha perspectiva.

Eu queria tanto o resultado na balança – e nos meus jeans, de preferência pra ontem – que eu nunca havia parado para realmente considerar o longo prazo do emagrecimento saudável.

Será que eu realmente iria passar o resto da vida comendo duas colheres de sopa de farelo de aveia por dia?

Será que eu nunca mais ia comer o pão da minha mãe, me convencendo de que não me fazia falta?

Será que era viável passar o resto da vida levando minha marmita com a comida pesada para os eventos?

Não. Não. E não.

Pensando em todas as minhas tentativas frustradas, nenhuma delas ganhava um SIM por mais de poucos meses. Como raios eu esperava um resultado de mais de poucos meses?

Foi então que eu percebi que o que eu queria mesmo (no longo prazo) era comer normal.

Esclarecendo esse conceito, quem “come normal”:

  • Não recomeça toda segunda
  • Não restringe grupos alimentares
  • Não se priva das comidas que quer comer
  • Não se pesa todos os dias
  • Não conta calorias ou gramas de carboidrato
  • Não tem uma alimentação perfeita
  • É feliz e vive em paz com as suas escolhas
  • Se preocupa com coisas mais importantes do que quantos gramas de gordura tem na coxinha

Parece bom, não?

ENTÃO, O QUE É COMER NORMAL E COMO ISSO GARANTE UM EMAGRECIMENTO SAUDÁVEL?

“Comer normal” é uma expressão de duas palavras que significam uma só: LIBERDADE.
É cessar a guerra e a obsessão. É abandonar as regras e encontrar o equilíbrio.

Ok Lívia, é lindo! Mas como eu faço isso?

Tornar-se uma pessoa que come normal requer tempo, prática e consistência. Não existe pílula mágica para transformar a sua relação com a comida.

Mas o primeiro passo é muito simples. É só você se perguntar, sempre que for comer, o que você comeria se fracassar não fosse uma opção.

Ou seja, “Se não houvesse possibilidade de falha em relação à comida, se nenhuma escolha fosse errada, o que eu escolheria comer?”

Parece surreal para quem viveu uma vida cheia de regras para comer, mas com essa prática fica muito mais fácil entrar em conexão real com o seu corpo, entender o que ele quer e o que ele precisa.

Na próxima segunda, faz o teste!

E me conta, o que você comeria se nada fosse errado?

Como você nutriria o seu corpo se não houvesse nenhuma regra?

Como você decide se cuidar, com amor ou com desdém?

Como você decide se tratar, com carinho ou com controle?

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