Como Ter Uma Alimentação Saudável Sem Dieta

Alimentação | Lívia | modificado em 02/11/2017

Partindo do pressuposto que você já tenha percebido que dieta é uma furada, é capaz que você se depare com uma das questões que minhas clientes mais me fazem, que é:

“Como ter uma alimentação saudável sem cair na mentalidade de dieta?”

A resposta não é simples – e o meu programa de coaching dá ampla profundidade a ela – mas eu vou deixar aqui alguns conceitos-chave que devemos ter em mente quando abordamos essa questão, para tentar clarificar suas ideias a respeito.

CONCEITO #1: ENTENDA SUAS MOTIVAÇÕES

Um dos principais fatores que mandam as suas tentativas de “ser saudável” pro espaço é a confusão, ou mistura, do seu desejo por “saúde” com o seu desejo por “magreza”.

Fazer escolhas saudáveis pura e simplesmente pela sua saúde (leia-se: exames clínicos em dia, aumento da energia, melhora da digestão e do sono, etc) é um processo biológico e psicológico muito diferente do que fazer escolhas saudáveis para emagrecimento.

Confundir essas duas motivações – ou deixar a sua obsessão pela magreza interferir nas suas decisões saudáveis – é um dos principais motivos de rebote de peso, aficção por certos alimentos, compulsão alimentar e aqueles episódios em que você “sai da linha”.

CONCEITO #2: SER SAUDÁVEL COMEÇA COM SAÚDE MENTAL

É amplamente difundido que o foco nas escolhas alimentares corretas é o principal determinante de saúde… mas, na verdade, o que comemos é apenas uma fatia da pizza. Já se sabe que a redução do estresse e a manutenção de um bom quadro emocional têm um papel fundamental na determinação da saúde física, sem mencionarmos a felicidade em termos gerais que, na minha opinião, leva invariavelmente à saúde.

Se a sua busca por saúde está te deixando estressada ou infeliz, talvez seja hora de reconsiderar a sua definição de saúde – para uma que inclua saúde mental e qualidade de vida.

A nossa busca por saúde deve suportar a nossa felicidade e bem-estar, não comprometê-los.

Isso pode significar comer um brigadeiro sem motivo algumas vezes, e definitivamente implica em não sofrer ou se culpar pelas escolhas alimentares “imperfeitas” quando elas ocorrerem.

CONCEITO #3: SAÚDE NÃO É UMA QUESTÃO MORAL

Mesmo que você esteja num ponto no qual não busca atingir determinado padrão estético – o que eu acho muito difícil já que, infelizmente, quase toda mulher que eu conheço “se sentiria melhor com uns quilinhos a menos” – é possível que você ainda esteja emocionalmente presa a um padrão de “comer saudável”.

Em outras palavras, você ainda se sente mal consigo mesma quando faz escolhas “não saudáveis”. Se é o seu caso, se prepare para se estressar com comida frequentemente – e possivelmente sofrer um rebote de peso.

CONCEITO #4: SAÚDE É UM ESPECTRO, NÃO PRETO NO BRANCO

Encarar a saúde como algo preto no branco – ou seja, ou você é saudável ou é um fracasso total, ou você está completamente na linha ou completamente fora dela – não é um paradigma muito útil, nem realista.  

É mais proveitoso entender a saúde como algo que está em constante movimento e mudança ao longo de um espectro – uma área cinza contínua. Aprender a viver confortavelmente na “área cinza” é crítico tanto para sanidade mental como sustentabilidade de resultados.

CONCEITO #5: FAZER COISAS SAUDÁVEIS É MAIS FÁCIL DO QUE NÃO FAZER COISAS SAUDÁVEIS

Se você está naquele momento em que você acabou de desistir da sua dieta – no estresse pós-dieta – é possível que qualquer tipo de restrição seja inviável agora. E está tudo perfeitamente ok.

Se for o caso, existem muitas maneiras de melhorar a saúde que não têm nada a ver com restrição. Por exemplo, movimentar o seu corpo, consumir bastante fibra, beber muita água, comer com regularidade, dormir bem, etc. são coisas que você pode somar na sua vida, sem restringir nada.

Isso pode parecer muito simplista, mas eu me sinto compelida a dizer que tantas pessoas buscam coisas para “abandonar” na busca pela saúde – como se a restrição fosse a única forma de melhorá-la.

No fundo, saúde não é somente sobre evitar as coisas que nos fazem mal, mas principalmente sobre adicionar coisas que nos fazem sentir bem.

Pense em incluir, não em restringir.

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